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Tradução: Daniel M. Alves
Revisão e edição: Arnaldo Sisson Filho

[Embora o texto em inglês seja de domínio público, a tradução não é. Esse arquivo pode ser usado para qualquer propósito não comercial, desde que essa notificação de propriedade seja deixada intacta.]

 

 

(p. 47)

8. SOBRE A PROFECIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO (1)

 

            A IMACULADA Conceição não é outra coisa senão a profecia a respeito dos meios pelos quais o Universo será, finalmente, redimido. Maria – o mar do espaço ilimitado – Maria, a Virgem, ela mesma nascida imaculada e sem manchas, do ventre das eras, (2) no tempo devido (3) trará à existência o homem perfeito, o qual redimirá a raça. Ele não é um só homem, mas dez mil vezes dez mil, o Filho do Homem, que superará os limites da matéria, e o mal, que é o resultado da materialização do espírito. Sua Mãe é espírito, seu Pai é espírito e, no entanto, ele próprio está encarnado. Mas como, então, ele superará o mal e restaurará

(p. 49)

a matéria à condição de espírito? Pela força do amor. É o amor que é o poder centrípeto do Universo; é por meio do amor que toda a criação retorna ao seio de Deus. A força que projetou todas as coisas é a Vontade, e a vontade é o poder centrífugo do universo.

 

            A vontade sozinha não poderia superar o mal que resulta das limitações da matéria; mas ele será superado no final pela empatia, que é a percepção de Deus nos outros – o reconhecimento do ser onipresente. Isso é amor. E é com as crianças do espírito, com os servos do amor, que o dragão da matéria entra em guerra. (...)

 

            Tudo que é verdadeiro é espiritual. (...) Pois a matéria perecerá, e tudo que a ela pertence, mas a Palavra do Senhor continuará a existir para sempre. (...) Digo-lhe mais uma vez, e em verdade – nenhum dogma é real se não for espiritual. Se for verdadeiro e, contudo, lhe parecer ter uma significação material, saiba que não o resolveu. É um mistério: busque sua interpretação. Aquilo que é verdadeiro é tão somente para o espírito.

 

NOTAS

 

(47:1) Clothed with the Sun (Vestida com o Sol). Parte I, Nº. 3.

(47:2) Nota de Samuel H. Hart em Clothed with the Sun: As eras, das quais a personificação é Anna: “Anna é o ano recorrente, o Tempo, do qual nasce Maria, a alma, a Mãe de Deus” (ver, No. XLII, Sobre Deus). “A alma nascida do Tempo (Anna)” (ver, idem,  No. XLVIII, Parte 1, Sobre os Mistérios Cristãos).

(47:3) N.T.: Sobre o “tempo devido” vide a imagem dada pelo Apóstolo, ao usar a analogia do herdeiro, em Gálatas 4:1-4: “enquanto o herdeiro é menor, embora dono de tudo, em nada difere de um escravo. Ele fica debaixo de tutores e curadores até a data estabelecida pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos reduzidos à condição de escravos, debaixo dos elementos do mundo. Quando, porém, chegou o tempo devido, enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei”.

 

 

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