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(p. 73)
15. SOBRE A EXPIAÇÃO (1)
“Somente onde o Amor é perfeito, a Empatia é perfeita; e apenas onde a empatia é perfeita pode alguém morrer pelo próximo.
Razão pela qual o Filho de Deus diz: “Os erros do próximo me ferem, e os açoites no próximo recaem sobre minha carne. Sou ferido com as dores de todas as criaturas, e meu coração é perfurado junto com o coração delas. Não há ofensa feita que eu não sofra, nem qualquer erro pelo qual eu não seja atingido. Pois o meu coração está no peito de toda criatura, e o meu sangue corre nas veias de toda a carne. Sou ferido na mão direita pelo bem dos homens, e na mão esquerda pelo bem das mulheres; em meus pés direito e esquerdo, pelos animais da terra e pelas criaturas das profundezas; e em meu coração por todos”. O Crucifixo, então, é o
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mais divino dos símbolos porque é emblema do Cristo e sinal de Deus no homem. É a alegoria da doutrina do Panteísmo de que o homem se torna perfeito – a alma se torna Deus – através do sofrimento. Aquele que é sábio compreende; e aquele que compreende é iniciado; e aquele que é iniciado ama; e aquele que ama conhece; e aquele que conhece é purificado. E o puro vê a Deus e compreende o Divino, com o mistério da dor e da morte. E porque o Filho de Deus ama, ele tem poder, e o poder do amor redime. Ele ao ser elevado, atrai todos os homens para si. (...)
“Essa é a Redenção (Expiação) de Cristo e o perpétuo sacrifício do filho de Deus. Crê e serás salvo: pois aquele que crê é transformado da imagem da morte para a vida. E aquele que crê não peca mais, e não oprime mais. Pois ele ama como Cristo amou, e está em Deus e Deus está nele. O
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sangue de Cristo purifica de todo o pecado, não pela compra do
perdão com o ouro de outra pessoa, mas porque o amor de Deus mudou a vida do
pecador. O penitente salva a si mesmo através do sofrimento,
da aflição e da correção
de suas faltas. Através desses ele se ergue e sua vida
é redimida. E é o Cristo que o redime, dando o sangue de seu coração por ele. É
o Cristo dentro dele que toma suas fraquezas e suporta seus sofrimentos em seu
próprio corpo na árvore. E o mesmo que vale para o antigo, é verdadeiro para os
dias de hoje, e o será para sempre. Cristo Jesus é crucificado continuamente em
cada um, até a vinda do Reino de Deus. Pois, onde quer que haja pecado, há
sofrimento, morte e opressão; e onde esses estiverem Cristo
se manifestará, e por amor trabalhará, morrerá e redimirá.”
NOTA
(73:1)
Clothed with the Sun
(Vestida com o Sol). Parte I, Nº. 29.
Paris, 31 de janeiro de 1880. Mencionado em
Life of Anna Kingsford
(Vida de Anna Kingsford), Vol. I, pp. 323-325.
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